sábado, 20 de dezembro de 2008

A LEI DO AMOR - 1ª Parte

O amor resume inteiramente a Doutrina de JESUS, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu inicio, o homem não tem senão instintos. Mais avançado e corrompido, só tem sensações. Mais instruído e purificado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e aniquila as misérias sociais. Feliz aquele que ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor seus irmãos em dores. Feliz aquele que ama, porque não conhece nem a angústia da alma, nem a miséria do corpo. Seus pés são leves, e vive como que transportado para fora de si mesmo. Quando JESUS pronunciou esta palavra divina – AMOR – ela fez estremecer os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo, a seu turno, vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estejam atentos, porque esta palavra ergue a pedra dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando sobre a morte, revela ao homem maravilhado seu patrimônio intelectual. Não é mais aos suplícios que ela conduz, mas à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve hoje resgatar o homem da matéria.

Disse eu que no seu inicio o homem não tem senão instintos e aquele, pois, em quem os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do objetivo. Para avançar em direção ao objetivo, é preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos, quer dizer, aperfeiçoar estes, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento. Eles carregam consigo o progresso, como a bolota encerra o carvalho, e os seres menos avançados são aqueles que, não se despojando senão pouco a pouco de sua crisálida, permanecem escravizados aos instintos. O Espírito deve ser cultivado como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor do presente, e mais do que bens terrestres, os levarão a gloriosa elevação. É então que, compreendendo a lei de Amor que une todos os seres, nela encontrarão as suáveis alegrias da alma, que são prelúdios das alegrias celestes (LAZÁRO)

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

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