quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A ERA NOVA - Parte I

DEUS é único, e Moisés, o Espírito que DEUS enviou em missão para o fazer conhecer, não somente aos Hebreus, mas ainda aos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que DEUS se serviu para fazer sua revelação por Moisés e pelos profetas, e as vicissitudes desse povo eram destinadas a impressionar os olhos e fazer cair o véu que escondia a divindade aos homens.

Os mandamentos de DEUS dados por Moisés trazem o germe da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia limitavam-lhe o sentido, porque, postos em prática em toda a sua pureza, ela não teria sido, então, compreendida. Mas nem por isso, os dez mandamentos de DEUS deixaram de permanecer como o frontispício brilhante, como o farol que deveria iluminar a Humanidade no caminho que haveria de percorrer.

A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento no qual se encontravam os povos que ela foi chamada regenerar, esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento de sua alma, não teriam compreendido que se pode adorar a DEUS de outro modo que pelo holocausto, nem que se precisasse perdoar a um inimigo. Sua inteligência, notável do ponto de vista da matéria, e mesmo sob o das artes e das ciências, eram muito atrasada em moralidade, e não se teriam convertido sob o império de uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes preciso uma representação semimaterial, tal qual lhe oferecia, então, a religião hebraica. Assim os holocaustos falavam aos seus sentidos, enquanto a idéia de DEUS falava ao seu espírito.

O CRISTO foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime. A moral evangélica cristã que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos. Que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor ao próximo, e criar entre todos os homens uma solidariedade comum. De uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, e dela fazer uma morada para os Espíritos superiores àqueles que a habitam hoje. É a lei do progresso, à qual a Natureza está submetida, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca da qual DEUS se serve para fazer avançar a Humanidade.

São chegados os tempos em que as idéias morais devem se desenvolver para cumprir os progressos que estão nos desígnios de DEUS. Elas devem seguir o mesmo caminho que as idéias de liberdade percorreram, e que delas eram precursoras. Mas não é preciso crer que esse desenvolvimento se fará sem lutas. Não, elas tem necessidade, para atingir a maturidade, de abalos e de discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas. Uma vez fixada a atenção, a beleza e a santidade da moral impressionarão os espíritos, e eles se interessarão por uma ciência que lhes dá a chave da vida futura e lhes abre as portas da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho. JESUS continuou a obra, e o Espiritismo a arrematará.

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

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