sexta-feira, 14 de novembro de 2008

QUAIS OS LIMITES DA ENCARNAÇÃO?

A encarnação não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados, se se entende por isso o envoltório que constitui o corpo do Espírito, já que a materialidade desse envoltório diminui à medida que o Espírito se purifica.
Em certos mundos mais avançados que a Terra, ele já é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito às vicissitudes. Num grau mais elevado é diáfano e quase fluídico. De grau em grau ele se desmaterializa e acaba por se confundir com o perispírito.
Segundo o mundo a que o Espírito é chamado a viver, este toma o envoltório apropriado à natureza desse mundo.

O próprio perispírito suporta transformações sucessivas. Ele se eteriza, cada vez mais até a depuração completa, que constitui os Espíritos puros. Se mundos especiais são destinados, como estações, aos Espíritos mais avançados, estes não estão ligados ali como nos mundos inferiores. O estado de desligamento em que se encontram lhes permite se transportarem por toda parte em que os chamam as missões que lhes são confiadas.

Se se considera a encarnação sob o ponto de vista material, como ocorre sobre a Terra, pode-se dizer que ela é limitada aos mundos inferiores. Depende do Espírito, por conseguinte, dela se livrar, mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua depuração.

Deve-se considerar também que, no estado errante, quer dizer, nos intervalos das existências corporais, a situação do Espírito está em relação com a natureza do mundo ao qual se liga pelo seu grau de adiantamento. Que, assim, na erraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido segundo seja mais ou menos desmaterializado.

(trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

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