terça-feira, 11 de novembro de 2008

OS LAÇOS DE FAMÍLIA FORTALECIDOS PELA REENCARNAÇÃO E QUEBRADOS PELA UNICIDADE DA EXISTÊNCIA

Isso quanto ao passado. Quanto ao futuro, segundo um dos dogmas fundamentais que decorrem da não-reencarnação, o destino das almas é irrevogavelmente fixado depois de uma única existência. A fixação definitiva do destino implica a cessação de todo progresso, pois, se há algum progresso não há mais destino definitivo. Segundo tenham bem ou mal vivido, elas vão imediatamente para a morada dos bem-aventurados ou para o inferno eterno. São assim, imediatamente separadas para sempre, e sem esperança de jamais se aproximarem, de tal sorte que pais, mães e filhos, maridos e mulheres, irmãos, irmãs, amigos, não estão jamais certos de se reverem. É a ruptura mais absoluta dos laços de família.
Com a reencarnação, e o progresso que lhe é conseqüência, todos aqueles que se amaram, se reencontraram sobre a Terra e no espaço, e gravitam juntos para chegar a DEUS. Os que falham no caminho retardam seu adiantamento e sua felicidade. Mas não está perdida toda a esperança. Ajudados, encorajados e sustentados por aqueles que os amam, sairão um dia do lamaçal em que estão mergulhados. Com a reencarnação, enfim, há solidariedade perpétua entre os encarnados e os desencarnados, com estreitamento dos laços afetivos.
Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem para o seu futuro de além-túmulo.
- Primeira: O nada, de acordo com a Doutrina Materialista.
- Segunda: A absorção no todo universal, de acordo com a Doutrina Panteísta.
- Terceira: a individualidade com fixação definitiva da sua sorte, de acordo com a Doutrina da Igreja.
- Quarta: A individualidade com progresso indefinido, de acordo com a Doutrina Espírita.
Segundo as duas primeiras, os laços de família se rompem depois da morte e não há nenhuma esperança de reencontro.
Com a terceira, há chance de se rever, contanto que se esteja no mesmo meio, esse meio pode ser tanto o inferno como o paraíso.
Na última, com a pluralidade das existências, que é inseparável da progressão gradual, há a certeza da continuidade das relações entre aqueles que se amaram, e está aí o que constitui a verdadeira FAMILIA.

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo – Capitulo IV)

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