domingo, 9 de novembro de 2008

OS LAÇOS DE FAMILIA FORTALECIDOS PELA REENCARNAÇÃO E QUEBRADOS PELA UNICIDADE DA EXISTENCIA

Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Ao contrário, eles são fortalecidos e se estreitam. É o principio oposto que os destrói.
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e semelhança de inclinações. Esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram. A encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois da sua reentrada na erraticidade, se reencontram, como amigos ao retorno de uma viagem. Freqüentemente mesmo, eles se seguem na encarnação, onde se reúne numa mesma família, ou num mesmo círculo, trabalhando em conjunto para seu mútuo adiantamento. Se uns estão encarnados e outros não o estejam, por isso não estão menos unidos pelo pensamento. Os que estão livres velam sobre os que estão cativos, os mais avançados procuram fazer progredir os retardatários.
Depois de cada existência, deram um passo no caminho da perfeição. Cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é mais viva, pelo fato mesmo de ser mais depurada, não perturbada mais pelo egoísmo, nem pelas nuvens das paixões. Eles podem, pois, assim percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum prejuízo afete sua mútua afeição.
Entenda-se que se trata aqui da afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos. Não há de duráveis senão as afeições espirituais. As afeições carnais se extinguem com a causa que as fez nascer. Ora, essa causa não existe mais no mundo dos Espíritos, enquanto que a alma existe sempre. Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra. A morte, do corpo físico, as separa sobre a Terra e no Céu.

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo IV).

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