Não te orgulhes do que sabes, porque esse saber tem limites bem estreitos no mundo que habitas.
Mas suponho que sejas uma dessas sumidades inteligentes desse globo e não tens nenhum direito para disso te envaideceres. Se DEUS, em seus desígnios, te fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a tua inteligência. É que ELE quer que dela uses para o bem de todos, porque é uma missão que te dá, colocando em tuas mãos o instrumento com a ajuda do qual podes desenvolver, a teu turno, as inteligências retardatárias e as conduzir a DEUS.
A natureza do instrumento não indica o uso que dele se deve fazer? A enxada que o jardineiro coloca entre as de seu operário não lhe mostra que ele deve cavar? E que dirias se esse operário, ao invés de trabalhar, levantasse a enxada para com ela atingir seu patrão? Dirias que é horrível e que ele merece ser expulso. Pois bem, ocorre o mesmo com aquele que se serve de sua inteligência para destruir a idéia de DEUS e da Providência entre seus irmãos? Não ergue contra o teu Senhor a enxada que te foi dada para roçar o terreno? Tem ele o direito ao salário prometido e não merece, ao contrário, ser expulso do jardim? E o será, não duvides disso e arrastará existências miseráveis e cheias de humilhações até que se curve diante D’AQUELE a quem tudo deve.
A inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens dotados, se servissem dela segundo os desígnios de DEUS, a tarefa dos Espíritos seria fácil para fazer a Humanidade avançar. Infelizmente, muitos fazem dela um instrumento de orgulho e de perdição para si mesmos.
O homem abusa da inteligência como de todas as outras faculdades e, entretanto, não lhe faltam lições para adverti-lo de que uma poderosa mão pode lhe retirar aquilo que ela mesma lhe deu.
(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)
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