quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A INDULGÊNCIA - Parte I

Espíritas, queremos lhes falar hoje da Indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.

A Indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que não sejam conhecidos senão dela, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa para os abrandar, quer dizer, uma exclusa plausível, séria, e não daquelas que, tendo o ar de atenuar a falta, a fazem ressaltar com um jeito pérfido.

A Indulgência não se ocupa jamais com os atos maus de outrem, a menos que isso seja para servir, e tem ainda o cuidado de atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem censura nos lábios, mas somente conselhos, os mais freqüentemente velados. Quando criticam, que conseqüências se deve tirar de suas palavras? É que vocês, que censuram, não terão feito o que reprovam e valem mais que o culpado?

Ó homens! Quando, pois, julgarão os seus próprios corações, os seus próprios pensamentos, os seus próprios atos, sem se ocuparem do que fazem os seus irmãos? Quando não abrirão os seus olhos severos senão sobre vocês mesmos?

Sejam, pois, severos para com vocês, Indulgentes para com os outros. Pensem naquele que julga em última instância, que vê os pensamentos secretos de cada coração, e que, por conseguinte, desculpa as faltas que censuram, ou condena o que desculpam, porque conhece o móvel de todos os atos, e que vocês, que proclamam tão alto. Anátema! Talvez tenham cometido faltas mais graves.

Sejam Indulgentes, meus amigos, porque a Indulgência atraí, acalma, reergue, ao posso que o rigor desencoraja, afasta e irrita.

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

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