domingo, 8 de janeiro de 2012

REENCONTRO - LIVRO DE CHICO XAVIER - CAPÍTULO 16/17

CONTINUAÇÃO

“A PROVEDORIA DO SENHOR NÃO NOS ESQUECE”


Novelino, Aparecida, rendamos graças a Deus!
O trabalho é nosso, quase por privilégio, se pudéssemos falar em prerrogativa na Seara do Bem.
Compreendemos o que vai ocorrendo. A obra, em vocês e com vocês, cresceu muito. Assumiu dimensões novas. Atividades da área de nossa fé se interligam com as áreas do trabalho educativo, baseado nas competições de ordem profissional. Isso, por vezes, desgasta e aborrece.
Entretanto, rogamos a vocês dois paciência e coragem. Paciência para suportar, coragem para prosseguir. Não se sintam marginalizados por esse ou aquele motivo. A tarefa agigantou-se, mas o alicerce é o mesmo – vocês dois em Jesus. Em Novelino, a força da realização, em Cida o sentimento que lhe assegura a estabilidade.
Unamo-nos. Em qualquer dificuldade, oremos juntos. Estaremos com vocês. Não se encontram, sem razões justas, com a edificação em andamento. Vocês deveriam construir um reino em louvor de Jesus, com a fé e a cultura, coração e cérebro integrados pelo trabalho a se garantir com a precisa auto-suficiência e fizeram esse reino. O “Pestalozzi” é o castelo do passado, hoje convertido em oficina e templo, homenageando a Humanidade, em Cristo, por um Mundo Melhor.
Natural que manter seja muito mais difícil que inaugurar. Misturemos nossas esperanças e lágrimas, reflexões e lutas, seguindo para a frente. O amor vence os antagonismos, tanto quanto a luz dissipa as sombras. Sitiados, muitas vezes, por aqueles mesmo adversários do pretérito que teimávamos em combater, somos hoje chamados a transformá-los com a energia do nosso amor.
Cida, os problemas são lições, quantas vezes, ásperas demais; no entanto, é necessário aceitá-los, para, em seguida, atenuá-los e extingui-los e, quando isto não se nos faça possível, urge contorná-los e seguir adiante, com a certeza de que a Provedoria do Senhor não nos esquece com os recursos precisos.
Novelino amigo, nosso Eurípedes está a postos. Amigo de sempre, companheiro de todos os dias.
Atendamos à faixa de tempo, mesmo pequena, de semana a semana, para juntos dialogarmos em nossa confiança recíproca. Vocês dois falarão na prece e responderemos em pensamento.
Muitos amigos estão conosco e nunca estivemos só. Zelem da saúde física. A máquina é precisa. Justo ampará-la e abençoá-la. Não temam. Guardemos serenidade e estejamos certos de que o Apoio Divino não nos faltará.
Continua sendo sempre agradecida a irmã pelo coração, quase que constantemente com vocês,
Amália.
1 – “Pestalozzi” – Fundação Educandário Pestalozzi, de Franca, SP.
2 – Eurípedes – Eurípedes Barsanulfo (1880 – 1918), grande vulto do Espiritismo brasileiro.
3 – Amália – Amália Ferreira de Mello nasceu em Sacramento, MG, a 19/9/1888, e desencarnou em sua própria terra natal, a 30/11/1963. Ver outras informações biográficas dessa devotada seareira no livro: Eurípedes – o Homem e a Missão, Corina Novelino, IDE; e no artigo: “Eurípedes e sua Equipe”, Anuário Espírita 1980, de autoria de Corina Novelino.
CAP. 17
UNIDOS PELAS RECORDAÇÕES E PRECES


Conhecemos a dor maior da família do jovem Aulus, com o seu inesperado e súbito retorno ao Mundo Maior, em acidente automobilístico, quando organizávamos, em 1977, o livro Amor Sem Adeus (médium F. C. Xavier, Espírito de Walter, IDE, Araras, SP.).
Naquela época, D. Camélia de Paula e Silva Bastos, sua progenitora, residente em Ribeirão Preto, SP, deu-nos por escrito um interessante depoimento, incluído no Capítulo 15 da referida obra, no qual ela explicava o seu relacionamento fraterno e amigo com D. Maria Perrone, mãe de Walter, residente em São Paulo, iniciado nas reuniões públicas do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, Minhas.
“Daí por diante – escreveu D. Camélia -, sempre que D. Maria ia a Uberaba, não deixava de nos telefonar, convidando-nos para irmos nos encontrar naquela cidade. Algumas vezes, foi-nos possível aceitar seu amável convite, razão pela qual pudemos associar-nos ao seu júbilo, quando, repetidas vezes, recebia novas mensagens do seu Waltinho que passamos a estimar muito, pelo filho carinhoso que foi e continua sendo.
Começamos, então, a pedir-lhe, em nossas orações, se tornasse generoso amigo de nosso filho e nos desse notícias dele, caso não lhe fosse possível dar mensagens de próprio punho.
Grande conforto foi para nós quando recebemos, por intermédio do bondoso Waltinho, em sua mensagem de 10 de abril de 1976, notícias do nosso amado filho.”
Por que Aulus, falecido em 1972, não havia até então se comunicado pela psicografia?
Esta era a indagação mental que, evidentemente, sua mãe sempre fazia ao ver tantos jovens, com tempo menor de desencarnação do que seu filho, escrevendo pela via mediúnica.
A resposta veio na referida mensagem de Waltinho, nos seguintes termos:
“Aulus e Amaury rogam aos pais queridos coragem e esperança. (...) E Aulus abraça os queridos progenitores que esperam sempre as expressões escritas. Também ele aguarda recursos de integração com o processo mediúnico da escrita, mas diz à mãezinha, nossa irmã D. Camélia, que ela o registra quase constantemente, de vez que, pelas recordações e preces, estão sempre unidos.”
Apenas três meses após a bênção deste recado consolador, D. Camélia e seus familiares receberam, pelo lápis mediúnico de Chico Xavier, a carta tão esperada. Superando suas dificuldades, Aulus conseguiu transmitir por escrito as suas próprias notícias, na reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em 24 de julho de 1976.
E, em outras ocasiões – como veremos no próximo Capítulo – escreveu preciosas cartas, de ternura e bom senso, demonstrando participar dos problemas da família que deixou na Terra, mesmo vivendo em outra faixa vibratória.

CONTINUA AMANHÃ

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