sexta-feira, 12 de junho de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPITULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Segunda Parte

Os Espíritos se manifestam ainda, e podem transmitir seus pensamentos, por sons articulados que repercutem, seja no vago do ar, seja no ouvido, pela voz do médium, pela vista, por desenhos, pela música e por outros meios que um estudo completo faz conhecer. Os médiuns têm, para esses diferentes meios, aptidões especiais que se prendem ao seu organismo. Temos, assim, os médiuns de efeitos físicos, quer dizer, os que estão aptos a produzir fenômenos materiais como as pancadas, o movimento dos corpos, etc.; os médiuns audientes, falantes, videntes, desenhistas, musicistas, escreventes. Esta última faculdade é a mais comum e se desenvolve pelo exercício; é também a mais preciosa, pois é a que permite comunicações mais freqüentes e mais rápidas.

O médium escrevente apresenta numerosas variedades, das quais muito distintas. Para entendê-las é preciso inteirar-se da maneira pela qual se opera o fenômeno. O Espírito, algumas vezes, age diretamente sobre a mão do médium à qual imprime um impulso, independentemente da sua vontade, e sem que este tenha consciência do que escreve: é o médium escrevente mecânico. Outras vezes o Espírito age sobre o cérebro; seu pensamento atravessa o do médium que, então, embora escrevendo de uma maneira involuntária, tem uma consciência mais ou menos nítida do que obtém; é o médium intuitivo. Seu papel é exatamente o de um intérprete que transmite um pensamento que não é o seu e que, todavia, deve compreender. Ainda que, neste caso, o pensamento do Espírito e o do médium se confunda algumas vezes, a experiência ensina a distingui-los facilmente. Obtêm-se, igualmente, boas comunicações por esses dois gêneros de médiuns; a vantagem dos que são mecânicos é, sobretudo, para as pessoas que ainda não estão convencidas. De resto, a qualidade essencial de um médium está na natureza dos Espíritos que o assistem e nas comunicações que ele recebe, bem mais que os meios de execução.

(continua amanhã)

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